domingo, 15 de setembro de 2013

Adalgisa Colombo - Miss Brasil 1958 (Falecida)


Adalgisa Colombo Teruskin nasceu no Rio de Janeiro no dia 11 de janeiro de 1940 foi a Miss Brasil 1958. Foi a primeira representante do antigo Distrito Federal, atual Rio de Janeiro, a ser coroada Miss Brasil, num concurso realizado em 1958 no próprio Rio de Janeiro. No Miss Universo, realizado nesse ano em Long Beach, Califórnia (EUA), ficou em segundo lugar, perdendo apenas para a colombiana Luz Marina Zuluaga. Renunciou durante o reinado por estar de casamento marcado, mas oficialmente é a vencedora do concurso; nenhuma outra candidata a sucedeu até a realização do Miss Brasil 1959. Trabalhou como apresentadora da TV Rio durante a década de 60, onde apresentou programas diversos, a maioria dirigidos ao público feminino. Em 2004 foi homenageada pelo site Misses do Brasil como a "Miss Brasil Inesquecível", por ocasião dos 50 anos do concurso.



Morre Adalgisa Colombo, Miss Brasil de 1958


Adalgisa Colombo em foto de 2010 Marizilda Cruppe RIO - Símbolo de elegância, misturada a uma boa dose de ousadia, Adalgisa Colombo, Miss Brasil 1958, manteve a aura do título em toda sua vida. A moça, que cresceu em Botafogo e foi educada no Liceu Francês de Laranjeiras, era habitué de concursos de beleza e dos desfiles da Casa Canadá desde os 15 anos. Antes de se sagrar Miss Brasil como candidata do Distrito Federal — feito alcançado aos 18 anos — ela havia sido a Miss Botafogo. No concurso de 1958, ela desbancou as concorrentes do resto do país com uma ousadia que entrou para a história da disputa: depois de ter as pernas cobertas por pancake pelo maquiador do Miss Brasil, como as demais candidatas, ela correu ao banheiro, tirou tudo e se cobriu de óleo, dando à pele um brilho sensual nunca antes visto pelo júri. 


— Aquilo foi como um anúncio da mulher sensual que entraria nas passarelas nos anos 60, mais ousada e decidida. O Miss Brasil sempre foi modelo de mulher careta. Adalgisa foi a primeira não careta da história. E a primeira a desfilar com óleo. Ela tinha uma postura de modelo, um desfile mais agressivo. E Adalgisa era de uma classe média moderna. Tinha um nível intelectual diferente das outras misses — conta o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, autor do livro “Feliz 1958 - O ano que não devia terminar”, em que dedicou um capítulo ao título de Adalgisa no Miss Brasil. 

No Maracanãzinho lotado, Adalgisa recebeu a coroa das mãos de Therezinha Pittigliani, Miss Brasil 1957, de quem se tornou amiga. 

— Ela deixa várias memórias boas. Foi uma pessoa muito amiga e alegre. Não se queixava de nada. Gostava de cozinhar, fazia um bacalhau divino. Sua nora está grávida e ela estava muito animada para se tornar avó — conta Therezinha. 

Depois de se tornar Miss Brasil, a modelo foi recebida pelo presidente Juscelino Kubitschek e beijou Bellini, capitão da seleção brasileira, para pôsteres do campeonato mundial. Com o título, ela foi disputar o Miss Universo, em Long Beach, nos Estados Unidos, mas ficou em segundo lugar, atrás da candidata colombiana, para felicidade de Jackson Flores, com quem se casaria pouco depois em Nova Iorque, abdicando da coroa de miss. O casal teve um filho e viveu na cidade americana por 14 anos. 

O segundo casamento de Adalgisa foi com o empresário Flávio Teruszkin. Depois da união, ela se converteu ao judaísmo, religião do marido, com quem morava numa casa no Joá. No final dos anos 80, o casal, que adotou dois filhos, se mudou para Portugal, fugindo da onda de sequestros no Rio. A modelo criou ainda a filha de sua única irmã, que morreu aos 29 anos com problemas cardíacos. Adalgisa trabalhou na Rádio Globo e na TV Rio, além de ter sido garota propaganda de produtos como o cigarro Charm, numa época em que fumar era símbolo de elegância. Apesar de dizer que detestava frequentar eventos como o Fashion Week, ela continuou sendo uma referência no mundo da moda e reproduzia aprendizados dos tempos da Casa Canadá. Um deles era jamais usar chapéu com cabelo solto. A eterna miss dizia: “Essa combinação deixa qualquer mulher parecida com uma bruxa”. 



A causa da morte de Adalgisa não foi divulgada pela família. Ela foi enterrada no cemitério israelita de Vilar dos Teles, na sexta-feira. 



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